Projeto foi elaborado pelo arquiteto André Scarpa em parceria com a equipe do escritório Oyapock Arquitetos
Uma das propostas para o pavilhão do Brasil na Expo 2020 em Dubai – uma grande exposição internacional que reúne os mais diferentes setores a cada cinco anos – contemplava a madeira para mostrar a relação entre o homem e a natureza. Este projeto, elaborado pelo arquiteto André Scarpa em conjunto com uma equipe de profissionais do escritório Oyapock Arquitetos, participou de um concurso lançado para escolher o pavilhão que vai representar o País em uma das principais feiras do mundo.
O concurso foi organizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil, seção Distrito Federal (IAB-DF), e o resultado foi divulgado pela Agência Brasileira de Promoções de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) no mês de dezembro. O projeto de André Scarpa e Oyapock Arquitetos recebeu menção honrosa. O grande vencedor foi o arquiteto José Paulo Gouvêa.
Na proposta de Scarpa, o pavilhão era composto de estrutura modular de madeira, revestida com uma variedade de cortinas e telas, acompanhadas por efeitos de luzes. Dentro dele, o objetivo era mostrar a diversidade do País, tanto na sua cultura quanto em sua paisagem.
Conforme a descrição do projeto pela equipe da Oyapock Arquitetos, houve a proposta de “uma ideia de Brasil pautada pela vontade de superar a histórica dicotomia entre o homem e a natureza, para transformá-la em simbiose. Afinal, o Brasil, que surgiu com a linha abstrata de Tordesilhas, dilatou-se, moldou-se ao imenso território que hoje abriga a maior biodiversidade do planeta”. Os profissionais ressaltam que o País “busca uma travessia de equilíbrio, que traga desenvolvimento ao seu povo e contribua com a criação de relações sustentáveis para toda a humanidade”.
O projeto contemplou um pavilhão, de acordo com a equipe, baseado na oportunidade de mostrar aos outros povos e aos próprios brasileiros que “há não apenas esperança, mas, sobretudo, exemplos concretos de que o presente pode converter-se em outro futuro, conforme o documento final da Rio+20, ‘o futuro que queremos’”.
Concurso
Para participar do concurso, os projetos deveriam seguir as temáticas e os guias técnicos estabelecidos pela organização da Expo 2020, com as normativas legais de construção na cidade de Dubai, e em parceira com profissionais locais. Segundo informações da Apex-Brasil, a seleção teve como base a inovação tecnológica alinhada à sustentabilidade, evidenciada no processo de construção e desmontagem da estrutura.
O concurso teve a participação de 42 escritórios de arquitetura. Os projetos foram analisados por uma comissão julgadora coordenada pelo IAB-DF, formada por três jurados brasileiros e dois estrangeiros.
A Expo 2020 terá o tema Connecting Minds, Creating the Future e três eixos temáticos: Oportunidade, Mobilidade e Sustentabilidade. De acordo com o material de divulgação da Apex-Brasil, o Pavilhão do País vai fazer parte deste último eixo temático, “reafirmando a importância da biodiversidade, da cultura da preservação do meio ambiente, da competitividade baseada na sustentabilidade e no retrato da multiculturalidade brasileira”.
Por Portal Madeira e Construção com informações da Apex-Brasil, Oyapock Arquitetos e Design Boom