Os Jogos Olímpicos mais sustentáveis de todos os tempos. É isso que promete o governo do Japão, país que será a próxima sede do evento, em 2020.
E a cereja deste bolo é o Estádio Olímpico de Tóquio, uma obra de quase R$ 5 bilhões que terá uma série de características sustentáveis.
A principal delas inspirada na tradicional arquitetura japonesa, já que o estádio será quase todo feito em madeira.
O problema é que boa parte desta madeira que dará forma ao Estádio Olímpico pode ser resultado de desmatamento ilegal na Malásia.
Tribos indígenas malasianas e ONGs que trabalham por lá garantem que grande parte da matéria prima foi adquirida de empresas acusadas de desmatamento ilegal e violação dos direitos humanos.
Por outro lado, o Comitê Olímpico Internacional afirma que toda a madeira comprada pelo Japão é certificada e sustentável.
E assim, o que prometia ser um grande exemplo ambiental, pode virar um grande mico.
Rulian B. Maftum escritor, jornalista, especialista em comunicação e mestre em Tecnologia. Produtor e apresentador de programas de rádio e TV. Professor de pós-graduação em disciplinas nas áreas de comunicação, sustentabilidade e responsabilidade social.
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